
Professora é espancada por zelador e está em coma após incêndio em prédio no Rio Vermelho, em Salvador
Uma professora de 41 anos está internada em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE) após ser brutalmente espancada pelo zelador do prédio onde mora, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. O crime ocorreu na manhã de quarta-feira (27) e chocou os moradores do condomínio.
De acordo com a Polícia Civil, além das agressões, o homem é suspeito de atear fogo no prédio usando um galão de gasolina. Ele foi preso em flagrante e já teve o pedido de prisão preventiva solicitado.
📹 Vídeo flagrou o momento em que o zelador entra com o galão de gasolina no prédio e dá início ao incêndio.
O crime
Segundo testemunhas, o zelador arrombou o apartamento da vítima e a atacou violentamente. O Corpo de Bombeiros encontrou a professora desacordada, com ferimentos graves no rosto, em meio às chamas. O imóvel tinha manchas de sangue nas paredes.
Câmeras de segurança registraram o suspeito chegando ao prédio com o galão de combustível e, minutos depois, a explosão que deu início ao incêndio. Após o ato, ele tentou fugir pulando para a garagem, mas se feriu e foi socorrido pelo Samu, também sendo levado para o HGE, onde segue sob custódia.
Histórico de assédio
Em janeiro de 2024, a professora já havia relatado situações de assédio envolvendo o zelador no livro de ocorrências do condomínio. Segundo uma amiga, ele a perseguia frequentemente e chegou a ser confrontado pela própria esposa, que minimizou o comportamento.
Possível motivação
Moradores relataram que, um dia antes do crime, houve uma discussão no grupo de mensagens do prédio sobre a possibilidade de substituição do zelador, que trabalhava no local há mais de 10 anos. A subsíndica afirmou que o suspeito escolheu as vítimas de forma seletiva, já que apenas portas de apartamentos de mulheres e idosos foram incendiadas.
Investigações
O caso é investigado como tentativa de feminicídio e dano qualificado por utilização de substância inflamável. Até o momento, cinco testemunhas já foram ouvidas pela Polícia Civil.
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