
Cinco acusados de matar pediatra em clínica na Bahia são condenados; penas variam entre 21 e 31 anos
Após quase quatro anos de espera, a Justiça condenou na quarta-feira (27) os cinco réus acusados de envolvimento no assassinato do pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, morto a tiros em setembro de 2021, dentro de uma clínica em Barra, no oeste da Bahia. O julgamento ocorreu no Fórum de Xique-Xique e durou dois dias.
As condenações
As penas aplicadas pelo júri popular variaram de 21 a 31 anos de prisão:
- Diego Santos Silva (apontado como mandante do crime) – 31 anos e 4 meses;
- Jefferson Ferreira Gomes da Silva (executor) – 26 anos e 4 meses;
- Ranieri Magalhães Bonfim Borges (piloto da moto usada na fuga) – 20 anos;
- Adeilton de Souza Borges (olheiro) – 21 anos;
- Fernanda Lima da Silva (olheira) – 21 anos.
As defesas informaram que vão recorrer das decisões.
Família comemora decisão
O engenheiro agrônomo e advogado Geraldino Gustavo, irmão da vítima, disse que a sentença trouxe alívio:
“Hoje a gente amanheceu mais leve, sem o peso da impunidade. Tiraram uma carga pesada que carregávamos há quase quatro anos.”
Outro irmão, o cirurgião-dentista Lula Teixeira, destacou que nada trará Júlio César de volta, mas agradeceu à Justiça:
“O que nós queríamos era ter nosso irmão vivo. Mas diante do acontecido, a gente agradece a Justiça, a Deus e a todos que nos fortaleceram.”
O julgamento
No primeiro dia, foram ouvidas testemunhas como o delegado de Barra, a mãe da criança atendida no momento do crime, a viúva do pediatra e funcionários da clínica. No segundo dia, os réus prestaram depoimento e houve debates entre defesa e acusação. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu a condenação dos acusados e o júri decidiu pela responsabilização de todos.
O crime
O pediatra Júlio César foi morto no dia 23 de setembro de 2021, dentro da clínica onde trabalhava, enquanto atendia uma criança. Ele deixou a esposa e dois filhos, de 5 e 8 anos de idade. Pacientes e funcionários presenciaram a execução, registrada por câmeras de segurança.
Em novembro do mesmo ano, a Justiça decretou a prisão preventiva dos cinco suspeitos. Agora, todos foram condenados, embora ainda caibam recursos.
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